Song information On this page you can find the lyrics of the song Canção Ao Lado, artist - Deolinda. Album song Canção Ao Lado, in the genre Музыка мира
Date of issue: 20.04.2008
Record label: iPlay
Song language: Portuguese
Canção Ao Lado(original) |
Desculpem, doutos homens, estetas, |
Espíritos poetas, almas delicadas. |
A falsidade do meu génio e das minhas palavras. |
Que é a erudição que eu canto, |
Que é da vida, o espanto, |
Que é do belo, a graça, |
Mas eu só ambiciono a arte de plantar batatas. |
Desculpem lá qualquer coisinha, |
Mas não está cá quem canta o fado. |
Se era p’ra ouvir a Deolinda, |
Entraram no sítio errado. |
Nós estamos numa casa ali ao lado. |
Andamos todos uma casa ao nosso lado. |
Bem sei que há trolhas escritores, |
Letrados estucadores e serventes poetas |
E poetas que são verdadeiros pedreiros das letras. |
E canta em arte genuína, |
O pescador humilde, a varina modesta |
E tanta vedeta devia dedicar-se à pesca. |
Desculpem lá qualquer coisinha, |
Mas não está cá quem canta o fado. |
Se era p’ra ouvir a Deolinda, |
Entraram no sítio errado. |
É que nós estamos numa casa ali ao lado. |
Andamos todos uma casa ao nosso lado. |
Por não fazer o que mais gosto |
Eu canto com desgosto, o facto de aqui estar |
E algures sei que alguém mal disposto |
Ocupa o meu lugar. |
Ninguém está bem com o que tem |
E há sempre um que vem e que nos vai valer: |
Porém quase sempre esse alguém não é quem deve ser. |
Desculpem lá qualquer coisinha, |
Mas não está cá quem canta o fado. |
Se era p’ra ouvir a Deolinda, |
Entraram no sítio errado. |
É que nós estamos numa casa ali ao lado. |
Andamos todos uma casa ao nosso lado. |
E é a mudar que vos proponho! |
Não é um passo medonho em negras utopias; |
É tão simples como mudar de posto na telefonia. |
Proponho que troquem convosco e acertem com a vida! |
(translation) |
Sorry, learned men, aesthetes, |
Poet spirits, delicate souls. |
The falsehood of my genius and my words. |
Which is the erudition that I sing, |
What is life, the amazement, |
What is the beautiful, grace, |
But I only aspire to the art of planting potatoes. |
Sorry about anything, |
But whoever sings Fado is not here. |
If it was to listen to Deolinda, |
They entered the wrong place. |
We are in a house next door. |
We all walk a house next to us. |
I know well that there are trolls writers, |
Lettered plasterers and poet servants |
And poets who are true masons of letters. |
And sings in genuine art, |
The humble fisherman, the modest varina |
And so many stars had to dedicate themselves to fishing. |
Sorry about anything, |
But whoever sings Fado is not here. |
If it was to listen to Deolinda, |
They entered the wrong place. |
It's just that we're in a house next door. |
We all walk a house next to us. |
For not doing what I like best |
I sing with disgust, the fact that I am here |
And somewhere I know that someone in a bad mood |
Take my place. |
Nobody is okay with what they have |
And there is always one that comes and will help us: |
But almost always that someone is not who they should be. |
Sorry about anything, |
But whoever sings Fado is not here. |
If it was to listen to Deolinda, |
They entered the wrong place. |
It's just that we're in a house next door. |
We all walk a house next to us. |
And it is change that I propose to you! |
It is not a fearful step into dark utopias; |
It's as simple as changing place on the telephony. |
I propose that you exchange it with you and get it right! |