| Por não querer aquilo que me é dado
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| Por não querer nem governo nem estado
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| Por não ter nada e por tudo querer
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| Esquadrão da morte faz-me correr
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| Por não querer aquilo que me é dado
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| Por não querer nem governo nem estado
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| Por não ter nada e por tudo querer
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| Esquadrão da morte faz-me correr
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| Eles aí estão. |
| Já lhes sinto o bafo
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| Dobro uma esquina a ver se me safo
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| Por aí não, que não tem saída
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| Muito obrigado, que arriscas a vida
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| A noite é dia, o dia é noite
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| Não tenho sítio onde me acoite
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| Esquadrão da morte avança no escuro
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| E sinto em frente a sombra de um muro
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| E sigo o cheiro na escuridão
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| Que me conduz onde está a razão
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| E sigo o cheiro na escuridão
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| Que me conduz onde está a razão
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| Sangue na boca da queda de há pouco
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| Tento falar, só sai um grito rouco
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| Num beco sujo, num vão de escada
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| Dois tiros secos e não resta nada
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| Por isso eu ponho, eu ponho a questão
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| Onde, mas onde se esconde a razão
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| Por isso eu ponho, eu ponho a questão
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| Onde, mas onde se esconde a razão
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| Por isso eu ponho, eu ponho a questão
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| Onde, mas onde se esconde a razão
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| Por isso eu ponho, eu ponho a questão
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| Onde, mas onde se esconde a razão |