| Ei, mãe, eu tenho uma guitarra elétrica
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| Durante muito tempo isso foi tudo o que eu queria ter
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| Mas, ei, mãe, alguma coisa ficou pra trás
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| Antigamente eu sabia exatamente o que fazer
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| Ei, mãe, tenho uns amigos tocando comigo
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| Eles são legais, além do mais, não querem nem saber
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| Que agora o mundo todo é uma ilha
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| A milhas e milhas de qualquer lugar
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| Nessa terra de gigantes
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| Que trocam vidas por diamantes
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| A juventude é uma banda
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| Numa propaganda de refrigerantes
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| Ei, mãe, eu já não esquento a cabeça
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| Durante muito tempo isso era só o que eu podia fazer
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| Mas, ei, mãe, por mais que a gente cresça
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| Há sempre alguma coisa que a gente não consegue entender
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| Por isso, mãe, só me acorda quando o sol tiver se posto
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| Eu não quero ver meu rosto antes de anoitecer
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| Pois agora lá fora, todo o mundo é uma ilha
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| A milhas e milhas e milhas…
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| Nessa terra de gigantes
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| Que trocam vidas por diamantes
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| A juventude é uma banda
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| Numa propaganda de refrigerantes
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| Mega, ultra, hiper, micro, baixas, calorias
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| Kilowatts, gigabytes
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| Traço de audiência, tração nas quatro rodas
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| E eu, o que faço com este números?
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| Eu, o que faço com estes números?
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| E nessa terra de gigantes
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| Eu sei, já ouvimos tudo isso antes
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| A juventude é uma banda
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| Numa propaganda de refrigerantes
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| Ei, mãe, ei, mãe |