Song information On this page you can find the lyrics of the song Coro dos caídos, artist - José Afonso. Album song Cantares de José Afonso, in the genre Музыка мира
Date of issue: 12.04.2020
Record label: Edições Valentim de Carvalho
Song language: Portuguese
Coro dos caídos(original) |
Canta bichos da treva e da aparência |
Na absolvição por incontinência |
Cantai cantai no pino do inferno |
Em Janeiro ou em maio é sempre cedo |
Cantai cardumes da guerra e da agonia |
Neste areal onde não nasce o dia |
Cantai cantai melancolias serenas |
Como o trigo da moda nas verbenas |
Cantai cantai guizos doidos dos sinos |
Os vossos salmos de embalar meninos |
Cantai bichos da treva e da opulência |
A vossa vil e vã magnificência |
Cantai os vossos tronos e impérios |
Sobre os degredos sobre os cemitérios |
Cantai cantai ó torpes madrugadas |
As clavas os clarins e as espadas |
Cantai nos matadouros nas trincheiras |
As armas os pendões e as bandeiras |
Cantai cantai que o ódio já não cansa |
Com palavras de amor e de bonança |
Dançai ó parcas vossa negra festa |
Sobre a planície em redor que o ar empesta |
Cantai ó corvos pela noite fora |
Neste areal onde não nasce a aurora |
(translation) |
Sings of darkness and appearance |
In the acquittal for incontinence |
Sing, sing on the pin of hell |
In January or in May it is always early |
Sing shoals of war and agony |
In this sand where the day is not born |
Sing sing serene melancholy |
Like fashionable wheat in verbenas |
Sing, sing, crazy bells bells |
Your packing psalms for boys |
Sing creatures of darkness and opulence |
Your vile and vain magnificence |
Sing your thrones and empires |
About the exiles on the cemeteries |
Sing, sing, oh clumsy dawns |
The clubs, the bugles and the swords |
Sing in the slaughterhouses in the trenches |
The weapons, the pendants and the flags |
Sing, sing that hate no longer tires |
With words of love and bonança |
Dance, you few, your black party |
On the plain surrounding that the air stinks |
Sing, oh crows through the night |
In this sand where the dawn does not rise |