Lyrics of Resistência Cultural - Marcelo D2

Resistência Cultural - Marcelo D2
Song information On this page you can find the lyrics of the song Resistência Cultural, artist - Marcelo D2.
Date of issue: 11.04.2019
Song language: Portuguese

Resistência Cultural

(original)
Essa é a história de um mulato brasileiro
Da malandragem aqui do Rio de Janeiro
Preste atenção no nosso conto e vê se não dorme no ponto
Pra história que eu vou contar primeiro
Eu busco nos mais velhos dos terreiros e tambores
E assim fico mais forte, enfrento medos e minhas dores
No mundo de dinheiro, não se tem mais valores
Nos separam por classe, cores, escravos e senhores, é
Conquistar o meu espaço
Eu olho pro futuro sem esquecer o passado
Quem se rebaixa assim mesmo, quer ser é elevado
Nos querem de humildes para sermos humilhados
A rua cobra, e como cobra
Mas ajudar, que é bom, ninguém ajuda, é foda
Tu gosta de dinheiro, né?
Carro importado
Pulseira de área VIP e uma puta do lado
Eu vou é de Ciata, velha guarda da Portela
Falo de João do Vale, de Zé Keti e Manacéia
Falo de coisas simples, falo do meu lugar
Eu falo do meu povo e da cultura popular
Vai vendo
É que eu luto e não me rendo
Caio e não me vendo
Não recuo nem em pensamento
Eu sigo um movimento que pra mim é natural
De resistência cultural
Eu luto e não me rendo
Caio e não me vendo
Não recuo nem em pensamento
Eu sigo um movimento que pra mim é natural
De resistência cultural
O bicho pega mesmo é aqui na selva de pedra
Te empurro o lixo deles, abraçou?
Já era
Te tornam militante com medo de militares
Cagam na ideologia e jogam a ética pros ares
Sou moleque sinistro, entrego meu suor
Pelo que eu tenho visto, só vai de mal a pior
A paciência é curta, a ignorância é tanta
Cê até mata um leão, mas não foge das antas
A rua cobra, e como cobra
Mas ajudar, que é bom, ninguém ajuda, é foda
Nas ruas desse mundo, eu só quero andar
Toda vez que eu dou um passo o mundo sai do lugar
Buscar na sua própria vida a matéria prima
Eu posso até cair, mas dou a volta por cima
Como a chama na lenha, eu me inflamo e consumo
O que eu toco vira luxo, deixo o carvão em fumo
E canto
Eu luto e não me rendo
Caio e não me vendo
Não recuo nem em pensamento
Eu sigo um movimento que pra mim é natural
De resistência cultural
Eu luto e não me rendo
Caio e não me vendo
Não recuo nem em pensamento
Eu sigo um movimento que pra mim é natural
De resistência cultural
Resistência cultural!
— E aí, lembra de mim?
— Ô, não lembro, não, meu parceiro
— Primo do Maytor, tá ligado não?
— O bagulho é sair pra roubar esses filha da puta, irmão.
Encher a cara deles
de tiro, mano
— Pô, desde menó que eu te falo isso, menó.
Tu é, porra, estressadão, cara.
É isso que eles quer de nós, tá ligado?
Nóis tem que quebrar eles diferente,
nóis tem que é fazer arte, fuma aí, ó.
Tá ligado?
— Já é então, vou roubar e vou dar dinheiro pra tu virar artista nessa porra
(translation)
This is the story of a Brazilian mulatto
From malandragem here in Rio de January
Pay attention to our story and see if you don't sleep at the point
For the story that I will tell first
I search in the oldest of the terreiros and drums
And this way I get stronger, I face my fears and my pains
In the world of money, you don't have values ​​anymore
We are separated by class, color, slaves and masters, it is
Conquer my space
I look to the future without forgetting the past
Whoever lowers himself like that, wants to be is elevated
They want us to be humbled to be humiliated
The street snake, and like a snake
But helping, which is good, no one helps, it's fuck
You like money, right?
Imported car
VIP area bracelet and a bitch on the side
I'm going to be from Ciata, old guard from Portela
I speak of João do Vale, Zé Keti and Manacéia
I talk about simple things, I talk about my place
I talk about my people and popular culture
Keep looking
It's just that I fight and I don't give up
I fall and not seeing myself
I don't recoil or think
I follow a movement that is natural for me
Of cultural resistance
I fight and I don't give up
I fall and not seeing myself
I don't recoil or think
I follow a movement that is natural for me
Of cultural resistance
The bug is really here in the stone jungle
I push you their garbage, did you hug?
It's over
They make you a militant afraid of the military
They shit on ideology and throw ethics into the air
I'm a sinister kid, I surrender my sweat
From what I've seen, it only goes from bad to worse
 Patience is short, ignorance is so
You even kill a lion, but don't run away from the tapirs
The street snake, and like a snake
But helping, which is good, no one helps, it's fuck
On the streets of this world, I just want to walk
Every time I take a step, the world goes out of place
Search in your own life for raw material
I may even fall, but I turn around
As the flame in the fire, I ignite and consume
What I play becomes luxury, I leave the coal in smoke
And corner
I fight and I don't give up
I fall and not seeing myself
I don't recoil or think
I follow a movement that is natural for me
Of cultural resistance
I fight and I don't give up
I fall and not seeing myself
I don't recoil or think
I follow a movement that is natural for me
Of cultural resistance
Cultural Resistance!
— So, remember me?
— Oh, I don't remember, no, my partner
— Maytor's cousin, don't you know?
— The thing is to go out and steal these motherfuckers, brother.
Stuff their face
shooting bro
— Well, since I was a little boy I've told you this, little boy.
You're fucking stressed, man.
That's what they want from us, you know?
We have to break them differently,
we have to make art, smoke there, look.
Are you on?
— That's it, I'll steal and I'll give you money to become an artist in this shit
Translation rating: 5/5 | Votes: 1

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Artist lyrics: Marcelo D2