Lyrics of Território Leste - Consciência Humana, Beth Carvalho

Território Leste - Consciência Humana, Beth Carvalho
Song information On this page you can find the lyrics of the song Território Leste, artist - Consciência Humana
Date of issue: 04.02.2003
Age restrictions: 18+
Song language: Portuguese

Território Leste

(original)
Outro dia amanhece, é território leste
Favela tumultuada com a morte, o terror se veste
O instinto igual de um animal não importa o que seja
Pediu a febre 2 á 0 a resposta é escopeta
Arrastou pra rachar, por um fim, mataram
O sangue no canto da guia é pra nunca desacreditar
O muro mostra um encontro de um poder sem dó
Premeditável, calculando o pior
«Que nada trutão, o bagui parece cena de filme»
Cena de filme o caralho, real, é de verdade
Um arrombo no corpo gravou a dor visível na face
10 e meia da manhã tendo o conforto da própria poça de sangue
Jornal colocado por um morador, um silêncio, um instante
Trabalhador que passa na rua para
Calafrio, também tremi com o pai que sem maldade declara
«Ainda bem que o meu filho estava preso»
Sinal da cruz e que Deus ilumine a nossa caminhada
Silêncio o sambista está dormindo
Ele foi, mas foi sorrindo
A notícia chegou quando anoiteceu
Escolas eu peço um silêncio de um minuto
O bexiga está de luto
O apito de pato na água emudeceu
Partiu não tem placa de bronze, não fica na história
Sambista de rua morre sem glória
Depois de tanta alegria que eles nos deu
E assim um fato se repete de nov
Sambista de rua, artista do povo
E é mais um que foi sem dizer Adeus
Silêncio.
Silêncio
Ontem foi o Mestre Batunad infelizmente
Hoje é Pancho, Sabotage, muita saudade
O que aconteceu ontem no bexiga, hã hãaa
Hoje acontece em todas as periferias do Brasil
E eu agradeço o Quinteto Em Branco E Preto
E a madrinha do samba Beth Carvalho
Por ter chegado somando com o Consciência Humana nessa revolução
Revolução que prova que
Nossos motivos pra lutar ainda são os mesmos
O poder que várias vezes manchou a quebrada de sangue
Desarmado seguido de uma morte fulminante
O sonho que existia já não existe mais
Foi abalado, sentimento por vários camaradas derrubado
Quer bater da mesma forma, causar os mesmos prejuízos
Pensamento violento, minha mente explosiva
A mesma faixa de idade igual de vários, minha, sua
Vendo na cara a escopeta cria loucura
Lado leste a morte sem dó passa na rua
Espreita, quer o atraso, arma o bote, racha, derruba
Canhão que aparece, fumaça que sobe
Á frente abatido não respira, cheiro da morte
Uma mãe em desespero toca no corpo do filho gelado
Reconhecido na mesma hora pelo simples vestuário
Vários pontos da cidade casos semelhantes
Criminoso fardado sorri, na verdade quer sangue
Chamar pra matar, executa, quitar, levar
Não são os primeiros do mês, tem várias dessas dia á dia
Servidor público, acesso livre chegou ao hospital
Longe da cena do crime, não existe suspeito, a cena define
Prova eliminada, boletim completo escrito
História distorcida já não existe indício
O que era pra ser feito foi feito, sutil o efeito
Criminoso desaparece, polícia mais um exemplo
Real necrotério, prazo final
Camaradas, familiares em tristezas, funeral
Coroa de flores, várias famílias a mesma dor
Lei da periferia, exterminar, esperar o pior
Agora peço ao senhor que afaste a violência do morro
Que agoniza sem se quer ter algum socorro
Sonho em ver a população unida
Pois os polícias se unem pra matar os manos da periferia
«Descanse em paz mãe, zézinho, Gilmar Alvos da Lei»
«Que Deus o tenha, esse plano carnal é nosso
Meu salve de lembrança, de saudade
É pra minha mãe Dona Tereza Cerqueira da Silva
Quero dar um salve pro Renato, pro Piriquitú
Pro Tico que partiu pro plano espiritual
Futica, Tio Jão, Tia Iái, Evely minha sobrinha que Deus a tenha.»
«Comunidade dos Unidos do Morro
Pede um minuto de silêncio para o mano Rony
Comunidade do Raízes
Em nome do Futebol de Várzea de Taboão da Serra
Pede um minuto de silêncio para o mano Chocolito
Comunidade do Jardim Elena pede um minuto de silêncio
Para o mano Birão, descanse em paz sangue bom
Aí Diai, aí Daniel do Rap, esteja em paz.»
(translation)
Another day dawns, it's eastern territory
Favela tumultuous with death, terror dresses
An animal's equal instinct no matter what it is
He asked for fever 2 to 0 the answer is shotgun
Dragged to crack, for an end, they killed
The blood in the corner of the guide is never to be discredited
The wall shows a meeting of a merciless power
Premeditated, calculating the worst
«What a bull, the bagui looks like a film scene»
 Movie scene the fucking, real, it's true
A break in the body recorded visible pain on the face
10:30 in the morning having the comfort of their own pool of blood
Newspaper placed by a resident, a silence, a moment
Worker who passes on the street to
Chills, I also trembled with the father who without malice declares
«I'm glad my son was in prison»
Sign of the cross and may God enlighten our walk
Silence the sambista is sleeping
He went, but he was smiling
The news arrived when it got dark
Schools I ask for a one-minute silence
The bladder is in mourning
The duck whistle in the water was muted
Departed, there is no bronze plaque, it is not in history
Street sambista dies without glory
After so much joy they gave us
And so a fact is repeated from Nov
 street samba artist, people's artist
And it's another that went without saying goodbye
Silence.
Silence
Yesterday it was Master Batunad unfortunately
Today is Pancho, Sabotage, I miss you so much
What happened yesterday in the bladder, hã haaa
Today it happens in all periphery of Brazil
And I thank the Quintet In White And Black
And the godmother of the samba Beth Carvalho
For having arrived in addition to the Human Consciousness in this revolution
Revolution that proves that
Our reasons to fight are still the same
The power that several times stained the blood break
Disarmed followed by a sudden death
The dream that existed no longer exists
Was shaken, feeling for several comrades overthrown
Want to hit the same way, cause the same damage
Violent thought, my explosive mind
The same age range as many, mine, yours
Seeing the shotgun in the face creates madness
East side death without mercy passes on the street
It lurks, wants the delay, sets the butt, cracks, knocks over
Cannon that appears, smoke that rises
Ahead, downcast does not breathe, smell of death
A mother in despair touches her frozen child's body
Recognized instantly for simple clothing
Several points in the city similar cases
Criminal in uniform smiles, actually wants blood
Call to kill, execute, remove, take
It's not the first of the month, there are several of these day by day
Public servant, free access arrived at the hospital
Far from the crime scene, there is no suspect, the scene defines
Eliminated exam, full report card written
Distorted history there is no longer any clue
What was supposed to be done was done, the effect is subtle
Criminal disappears, police another example
Real morgue, deadline
Comrades, family members in sadness, funeral
Wreath of flowers, several families the same pain
Law of the periphery, exterminate, expect the worst
Now I ask you to keep the violence away from the hill
Who agonizes without even having any help
I dream of seeing the population united
Because the cops come together to kill the brothers from the periphery
«Rest in peace mother, zézinho, Gilmar Alvos da Lei»
«May God have it, this carnal plan is ours
My hail of remembrance, of longing
It's for my mother Dona Tereza Cerqueira da Silva
I want to give a hail to Renato, to Piriquitú
For Tico who left for the spiritual plane
Futica, Tio Jão, Tia Iái, Evely my niece may God keep her.”
«Community of the United States of Morro
Ask for a minute of silence for bro Rony
Roots Community
On behalf of Futebol de Várzea de Taboão da Serra
Ask for a minute of silence for bro Chocolito
Community of the Garden Elena asks for a minute of silence
For bro Birão, rest in peace, good blood
Hey Diai, there Daniel do Rap, be at peace.”
Translation rating: 5/5 | Votes: 1

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Artist lyrics: Beth Carvalho