| Foi, foi, foi mal aí, véi!
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| Se eu falei um monte de coisa que você não gosta
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| Com o microfone eu tenho a faca e o queijo
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| Olho o jornal, eu ouço rádio, eu só ouço bosta
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| E na tv eu não gosto de nada que eu vejo
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| Uma camisa-de-força tamanho mirim
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| Vai ter que me explicar tintim por tintim
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| Por que a lei só se aplica a mim
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| Perigo pra sociedade é o que me dizem
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| E penso comigo mesmo: por que não eu
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| Pra cuspir o pensar e taxarem de crime?
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| «É inverno no inferno e nevam brasas
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| Por favor, escondam-se todos em suas casas
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| Pois o anjo caído voa com novas asas
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| Raimundos, Nativus, Black Alien
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| Quebrando a espinha de filhos da puta
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| Como num mergulho de águas rasas»
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| Liberdade de expressão!!!
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| Deixa eu falar, filha-da-puta!!!
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| Expressão!
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| «a livre expressão é o que constrói uma nação
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| Independentemente da moeda e sua cotação»
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| Deixa eu falar, filha-da-puta!!!
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| Expressão!
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| Preste atenção no que eu vou dizer
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| Consciência e rebeldia é o que eu preciso ter
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| Pois minha mente pede
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| Num hardcore ou reggae
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| A mensagem vem das ruas, não dá pra esconder
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| Eu tenho um segredo
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| Já não tenho medo
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| Viver não vale nada se eu não me expressar
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| Seja certo ou errado, de cara ou chapado
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| Quem é calango do cerrado nunca vai mudar
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| Não tem flagrante não, não tem flagrante não;
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| Já bolou, acendeu, virou fumaça, subiu pra cuca;
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| Fim do Silêncio não deixa goela;
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| Malandro que é malandro sempre segue o ritmo da favela
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| «a livre expressão é o que constrói uma nação
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| Independentemente da moeda e sua cotação»
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| «de junho a junho eu nasço
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| Eu morro de março a março
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| Presencio cenas impossíveis de traduzir para o cinema
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| Não perco atuações e atos
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| Mesmo quando abaixo pra amarrar os cadarços
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| Espaço, espaço, eu preciso de espaço
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| Pra mostrar pra esses covardes seu crepúsculo de aço
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| Imperial, como Carlos, eu passo
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| Conexão nordestina
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| Até Niterói, morte e vida Severina
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| Passando por Brasília…
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| Reis…»
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| (caralho!!!) |