Song information On this page you can find the lyrics of the song Mandume, artist - Emicida. Album song About Kids, Hips, Nightmares and Homework …, in the genre Музыка мира
Date of issue: 23.06.2016
Record label: Sterns
Song language: Portuguese
Mandume |
Eles querem que alguém |
Que vem de onde nóiz vem |
Seja mais humilde, baixe a cabeça |
Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda |
(E eu) quero é que eles se… |
Eles querem que alguém |
Que vem de onde nóiz vem |
Seja mais humilde, baixe a cabeça |
Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda |
(E eu) quero é que eles se… |
Nunca deu nada pra nóiz, caralho |
Nunca lembrou de nóiz, caralho |
Nunca deu nada pra nóiz, caralho |
Nunca lembrou de nóiz, caralho |
Porque eu sou Tempestade, mas entrei na mente, tipo Jean Grey |
Xinguei, quem diz que mina não pode ser sensei? |
Ginguei, sim, sei, desde a Santa Cruz, playboys |
Deixei em choque, tipo Racionais, «Hey Boy!» |
Tanta ofensa, luta intensa nega a minha presença |
Chega! Eu sou voz das nega que integra resistência |
Truta, rima a conduta, surta, escuta, vai vendo, e |
Tempo das mulher fruta, eu vim menina veneno |
Sistema é faia, gasta, arrasta Cláudia que não raia |
Basta de Globeleza, fi-fi-firmeza? Mó faia! |
Rima pesada basta, eu falo memo, igual Tim Maia |
Devasta esses otário, tipo calendário Maia |
Feminismo das preta bate forte, mó treta |
Tanto que hoje cês vão sair com medo de bu… |
Drik Barbosa, não se esqueça |
Se os outros é de tirar o chapéu, nóiz é de arrancar as cabeça |
Ae, alguém avisa o Feliciano |
Que a maldição da África foi o europeu cristão caucasiano |
Mancha de sangue na batina real |
Constantino foi tipo Edir Macedo dos tempos feudal |
Queima de arquivo, não batismo |
Que a igreja não cita |
Faz te lembrar de Joana Dark, mas não fala sobre Kimpa Vita |
Aonde o caos levita, cê não entendeu |
E o que é diabo perto do homem que matou em nome de deus |
O ano era 1500, os «português» pisaram aqui |
Rezaram a missa, pra iniciar a caça ao povo Tupi |
Invasão por luto, da realeza blasé |
Tataravô dos mesmos que hoje critica o MST |
No país das perna aberta, política é futebol |
Legaliza, desvia verba, crime é portar Pinho Sol |
Que guindaste suporta esse peso? |
E pra num ser 4:20, um jovem negro um dia foi preso |
Mas, mano, sem identidade somos objeto da história |
Que endeusa «herói» e forja, esconde os retos na história |
Apropriação há eras, desses tá repleto na história |
Mas nem por isso que eu defeco na escória |
Pensa que eu num vi? |
Eu senti a herança de Sundi |
Ata, não morro incomum e |
Pra variar, herdeiro de Zumbi |
Segura o boom, fi |
É um e dois e três e quatro, não importa, já que querem eu cego |
Eu tô pra ver um daqui sucumbir (não!) |
Pela honra vinha Man… |
Dume: tira a mão da minha mãe! |
Farejam medo? Vão ter que ter mais faro |
Esse é o valor dos reais: caros |
Ao chamado do alimamo: Nkosi Sikelel', mano |
Só sente quem teve banzo |
Eu não consigo ser mais claro! |
Olha pra onde os do gueto vão |
Pela dedução de quem quer redução |
Respeito, não vão ter por mim? |
Protagonista, ele é preto, sim |
Pelo gueto, vim mostrar o que difere |
Não é a genital ou o «macaco!» que fere |
É igual me jogar aos lobos |
Eu saio de lá vendendo colar de dente e casaco de pele |
Memes de negro é: me inspira a querer ter um rifle |
Memes de branco é: não trarão de volta Yan, Gamba e Rigue |
Arranca meu dente no alicate |
Mas não vou ser mascote de quem azedar marmita |
Sou fogo no seu chicote |
Enquanto a pessoa for morte, pra manter a ideia viva |
Domado eu não vivo, eu não quero ser o crivo |
E ver minha mãe jogar rosas, ô |
Sou cravo vivido dentre os espinhos treinados com as pragas da horta |
Pior que eu já morri tantas, antes de você me encher de bala |
Não marca, nossa alma sorri |
Brilhar é resistir nesse campo de fardas, ô |
Eles querem que alguém |
Que vem de onde nóiz vem |
Seja mais humilde, baixe a cabeça |
Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda |
(E eu) quero é que eles se… |
Eles querem que alguém |
Que vem de onde nóiz vem |
Seja mais humilde, baixe a cabeça |
Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda |
(E eu) quero é que eles se… |
Nunca deu nada pra nóiz, caralho |
Nunca lembrou de nóiz, caralho |
Nunca deu nada pra nóiz, caralho |
Nunca lembrou de nóiz, caralho |
Banha meu símbolo, borda meu manto, que eu vou subir como rei |
Cês vive da minha cicatriz, eu tô pra ver sangrar o que eu sangrei |
Com a mente a milhão, livre como Kunta Kinte, eu vou ser o que eu quiser |
Tá pra nascer playboy pra entender o que foi ter as correntes no pé, uh |
Falsos quanto Kleber Aran, os vazio abraça |
La Revolução tucana, hip-hop reaça |
Doce na boca, lança perfume na mão, manda o mundo se foder |
São os nóia da Faria Lima, jão, é a Cracolândia blasé |
Aê, Jesus de polo listrada, no corre, corte degradê |
Descola o poster do 2Pac, que cês nunca vão ser |
Original favela, Golden Era, rua no mic |
Hoje os boy paga de 'drão, ontem nóiz tomava seus Nike |
Os vira-lata de vila e os pitbull de portão |
Muzzike, filho de faxineira, eu passo o rodo nesses cuzão |
Ando com a morte no bolso, espinhos no meu coração |
As hienas tão rindo de quê, se o rei da savana é o leão? |
Canta pra saldar, negô, seu rei chegou |
Sim, Alaafin, vim de Oyó, Xangô |
Daqui de Mali, pra Cuando, de Yorubá ao banto |
Não temos papa, nem na língua ou em escrita sagrada |
Não, não na minha gestão, chapa |
Abaixa sua lança-faca, espingarda faiada |
Meia-volta na barca, Europa se prostra |
Sem ideia torta, no rap, eu vou na frente da tropa |
É, sem eucaristia no meu cântico |
Me veem na Bahia em pé, dão ré no Atlântico |
Tentar nos derrubar é secular |
Hoje, chegam pelas avenidas, mas já vieram pelo mar |
Oya, todos temos a bússola de um bom lugar |
Uns apontam pra Lisboa, eu busco Omongwa |
Se a mente daqui pra frente é inimiga |
O coração diz que não está errado, então, siga! |
Dores em Loop-cínio, os cu diz símio, o quê? |
Ao ver o Simonal que cês não vai foder |
Grande, tipo Ron Mueck, morô muleque? Zé do Caroço |
Quer Photoshop melhor que dinheiro no bolso? |
Vendo os rap vender igual Coca, fato |
Não, não, melhor, entre nóiz não tem cabeça de rato |
É Brasil, exterior, capital, interior |
Vai ver nóiz gargalhando com o peito cheio de rancor |
Como prever que freestyles, vários necessários |
Vão me dar a coleção de Miley Cyrus |
Misturei Marley, Cairo, Harlem, Pairo, firmeza? |
Tipo Mario, entrei pelo cano mas levei as princesas |
Várias diss, não sou santo, ímã de inveja é banto |
Fui na Xuxa pra ver o que fazer, se alguém menor te escreve tanto |
Tô pelo adianto e a favela, entendeu? |
Considere, se a miséria é foda, chapa, imagina eu |
Scorsese, minha tese, não teme, não deve, tão breve |
São só vitórias do gueto, luz pra quem serve |
Na trama, conhece os louro da fama |
Ok, agora olha os preto, chama! |
Nunca deu nada pra nóiz, caralho |
Nunca lembrou de nóiz, caralho |
Nunca deu nada pra nóiz, caralho |
Nunca lembrou de nóiz, caralho |
Caminhando contra o vento, censo |
Sem documento e lenço |
Vi suas linha cair pra direita, tipo um pipa penso |
No clima tenso, eu venço em batalhas, vida e freestyle |
E o mais perto que cê chegou disso foi um 8 Mile |
Antes de ser cool, Kool Herc, Hip-hop |
Que uns conheceram ontem no Get Down, eles são Hype-Hop |
Nas tropicália de censura no ato |
Contra quem tá com a mente em 2964 |
Fazem piada e a mira tá pra cá |
É a nova KKK, cês riem: kkk |
Usam frase do movimento pra vender papel higiênico |
Tiração, me faz lembrar quão merda os racistas são |
Pega a visão black |
Minha tinta no papel vale milhão |
Parece que eu componho no talão de cheque |
Da lama pra primeira classe, chamem de progresso |
Mas não quero só cinco estrelas, eu quero o universo |
Eles querem que alguém |
Que vem de onde nóiz vem |
Seja mais humilde, baixe a cabeça |
Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda |
Eu quero é que eles se (foda) |
Eles querem que alguém |
Que vem de onde nóiz vem |
Seja mais humilde, baixe a cabeça |
Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda |
Eu quero é que eles se… |
Nunca deu nada pra nóiz, caralho |
Nunca lembrou de nóiz, caralho |
Nunca deu nada pra nóiz, caralho |
Nunca lembrou de nóiz, caralho |